Desde a pré-história, o registro é das pinturas e rabiscos que o homem deixou nas cavernas, há cerca de 15.000 anos a.C., a Dança é praticada por diversos objetivos: fazer chover, cortejar, divertir-se… Mas, hoje, o que leva uma pessoa a dançar?

A recém-graduada em Educação Física Gabriela Alves Ignácio [CREF 35500 – G/MG] participa de um projeto social promovido pela Prefeitura de Contagem/MG, desde Janeiro de 2018, no qual é auxiliar nas aulas de Dança de Salão. Juntamente com a coordenadora do projeto, ela realizou um estudo para identificar o que leva os alunos a buscarem a Dança. “A principal motivação é a necessidade de ampliação do convívio social. Os alunos destacam a importância de estarem participando de um grupo, de um espaço que promove atividades além das próprias aulas. Existe um sentimento de pertencimento, de troca de energias e experiências uns com os outros. Tudo isso atrai os alunos para a Dança”, explica Gabriela.

A Profissional, que já praticava Balé e Jazz, teve contato com a Dança de Salão ao longo do Curso de Educação Física. Hoje, atuando profissionalmente, pontua que a Graduação trouxe suporte teórico-prático para manipular as diversas variáveis do processo de ensino-aprendizagem em suas aulas. “A Educação Física me ofereceu um ponto de vista técnico que consigo aplicar na Dança de Salão, mesmo que o objetivo do aluno não seja o rendimento nesta prática, mas sim a vivência de seu aspecto lúdico voltado para o exercício do lazer. Pode-se perceber a melhora do bem-estar geral do aluno, melhora em sua postura e até mesmo em suas formas de se manifestar”, afirma.

O projeto é gratuito e conta com alunos adultos acima de 40 anos e alguns idosos. As aulas são ministradas uma vez por semana. “Depois de um mês e meio de aula, já é possível observar os benefícios conquistados por meio da prática da Dança de Salão. Fazendo uma análise corporal, o aluno melhora até mesmo o seu caminhar, principalmente devido à melhora da percepção de e alinhamento corporal. A Educação Física me auxilia muito nisso, em conseguir observar e corrigir a condição postural dos alunos”, destaca Gabriela.

Aluna do projeto há dois anos, Aparecida Alves da Silva, de 50 anos, encontrou na Dança uma forma de se reinventar. “Eu precisava de alguma coisa para me tirar da rotina. Entrei no projeto e foram inúmeros os benefícios: perdi peso, melhorei meu convívio social e minha autoestima, envolvi meu marido no projeto, e isso favoreceu até nosso relacionamento como casal”.

Muitos são os benefícios da Dança, no entanto, a Profissional frisa a importância de se praticar uma Atividade Física que tenha significado e com a qual a pessoa se identifica. A ausência de afinidade e gosto pela prática de qualquer modalidade pode comprometer a real evolução e obtenção de resultados. “Não há uma prática que ofereça mais benefícios que a outra, é preciso identificar a modalidade com a qual se tem mais afinidade e buscar a orientação correta para a prática. Acredito que o mais importante de qualquer Atividade Física é o significado e a importância que ela tem para o indivíduo. A Dança pra mim, por exemplo, permite a expressão e o desenvolvimento de sentimentos, além de melhorar a relação comigo mesma, com meu corpo e com o próximo, respeitando seus limites”, finaliza a Profissional de Educação Física.

Alunos buscaram a Dança com a necessidade de ampliação do convívio social e conquistaram outros benefícios.