Não é novidade que a atividade física pode ser uma poderosa aliada para manter o cérebro saudável. Vários estudos anteriores mostraram que praticar exercícios pode ajudar a manter a função cognitiva saudável. Todavia, a forma exata como o exercício pode interferir no sistema neurológico e prevenir o declínio cognitivo em seres humanos ainda é um pouco misteriosa.

O presente estudo, que foi publicado na Alzheimer’s & Dementia: The Journal of the Alzheimer’s Association, focou-se no papel de um grupo de proteínas associadas às sinapses cerebrais. Estas são zonas ativas de contato entre uma terminação nervosa e outros neurónios, células musculares ou células glandulares.

Existem muitas proteínas presentes nas sinapses que facilitam diferentes aspectos da comunicação célula a célula. Essas proteínas precisam se equilibrar para que as sinapses funcionem de maneira ideal.

Os cientistas tiveram a possibilidade de analisar, após a morte, os níveis destas proteínas em pessoas que tinham doado os seus cérebros à ciência, também estudaram os níveis de Atividade Física dos participantes, que em média tinham entre 70 e 80 anos de idade.

De acordo com os resultados, as pessoas que se exercitaram mais, numa fase tardia da vida, tinham maiores níveis de proteínas protetoras e os efeitos positivos podem mesmo ser sentidos por pessoas que já apresentam sinais iniciais, a nível cerebral, de doenças neurológicas.

“Quanto mais atividade física, maiores são os níveis de proteína sináptica no tecido cerebral. Isto sugere que cada movimento conta quando se trata da saúde do cérebro”, revela pesquisador.