Cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ conseguiram estabelecer uma relação entre os nÃveis de irisina — um hormônio produzido pelo corpo durante exercÃcios fÃsicos — e um possÃvel tratamento para a perda de memória causada pela doença de Alzheimer. O estudo, feito em parceria com outras universidades e institutos, foi publicado nesta segunda (7) na Revista Nature Medicine.
Os testes foram feitos em camundongos com a doença — que produziam o hormônio ao fazer exercÃcios ou recebiam doses dele. Os autores explicam que três novidades foram descobertas:
– Existem baixos nÃveis de irisina no cérebro de pacientes afetados pelo Alzheimer. Essa mesma deficiência foi vista nos camundongos que foram usados como modelo no estudo.
– A reposição dos nÃveis de irisina no cérebro, inclusive por meio de exercÃcios fÃsicos, foi capaz de reverter a perda de memória dos camundongos afetados pelo Alzheimer.
– A irisina é o que regula os efeitos positivos do exercÃcio fÃsico na memória dos camundongos.
Algumas outras funções da irisina em vários órgãos do corpo já eram conhecidas, como a de regular o metabolismo do tecido adiposo e até de processos que acontecem nos ossos.
Para os autores Mychael Lourenço e Fernanda De Felice, ambos da UFRJ, as descobertas reforçam a importância dos exercÃcios fÃsicos no combate à doença. Além disso, lembram, o fato de a irisina ser produzida pelo próprio organismo diminui as chances de efeitos colaterais, o que dá esperança para novos tratamentos.
Reportagem produzida pelo Portal G1. Leia na Ãntegra clicando aqui.