Um estudo realizado pela Universidade de São Paulo – USP revelou que manter-se fisicamente ativo pode ser uma estratégia para melhorar a resposta imune induzida por vacinas contra a Covid-19. A pesquisa foi realizada com 1.095 voluntários imunizados.

Os pesquisadores observaram o tempo que os participantes dedicavam para a prática de atividades físicas. Considerou-se como tempo ativo, tanto aquele dedicado aos exercícios e outras atividades de lazer (caminhada, corrida, dança, natação, passear com o cachorro etc.), como também às atividades domésticas (limpar a casa, cuidar do jardim, lavar a roupa na mão), ao trabalho (carregar pesos, realizar consertos) e aos deslocamentos de rotina (andar a pé ou de bicicleta até o trabalho, o supermercado ou a escola). Os voluntários que declararam praticar pelo menos 150 minutos de atividades semanais, foram considerados como fisicamente ativos.

Todos os participantes do estudo tomaram a vacina CoronaVac. Após a aplicação da segunda dose, amostras de sangue para análise foram coletadas. A qualidade da resposta vacinal foi avaliada por meio de diversos testes laboratoriais, sendo os principais aqueles que calculam a produção total de anticorpos contra o Sars-Cov-2 (IgG total) e a quantidade específica de Anticorpos Neutralizantes (NAb) – que são capazes de impedir a entrada do vírus na célula humana.

De acordo com os resultados, os participantes fisicamente ativos têm mais chance de apresentar a chamada “soroconversão” após a vacina, que é o aumento de anticorpos contra o Coronavírus no organismo. Os pesquisadores também concluíram que os participantes imunossuprimidos, que possuem o sistema imunológico enfraquecido por algum motivo, mas que praticam atividade física regular, também têm a possibilidade de aumento dos anticorpos que protegem contra o Coronavírus.

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