O Dia Mundial do Diabetes foi criado em 1991 pela International Diabetes Federation – IDF em conjunto com a Organização Mundial da Saúde – OMS, em resposta às preocupações sobre os crescentes números de diagnósticos no mundo. A data tornou-se oficial pela Organização das Nações Unidas – ONU a partir de 2007. O dia 14 de novembro foi escolhido por marcar o aniversário de Frederick Banting que, junto com Charles Best, concebeu a ideia que levou à descoberta da insulina em 1921.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, hoje, no Brasil, há cerca de 14 milhões de pessoas vivendo com a doença. Diabetes é uma doença crônica na qual o corpo não produz ou não consegue empregar adequadamente a insulina no organismo. A insulina é um hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue.

O Profissional de Educação Física João Gabriel Rodrigues [029845-G/MG] atua com o grupo de risco – pacientes com Diabetes tipo 2 – desde a sua Graduação, em 2012. Hoje, ele trabalha com 35 pacientes no Laboratório do Movimento – LabMov da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, conduzindo projetos de pesquisa sobre os efeitos do Treinamento Físico na função cognitiva de adultos e idosos Diabéticos tipo 2. “Talvez por nunca ter entendido o que acontecia no organismo Diabético, convivendo com minha Avó paciente Tipo 2, e por ver o benefício quase imediato do Exercício Físico na Saúde desse grupo, tenho trabalhado com Diabéticos”, explica João Gabriel, Mestrando em Ciências do Esporte pela UFMG.

João Gabriel atua com pacientes com Diabetes Tipo 2 há 5 anos

Há diferentes tipos de Diabetes: Tipo 1, Tipo 2 e Gestacional. Para o indivíduo Diabético a Atividade Física promove maior captação da glicose, o que poderia resultar em um melhor controle glicêmico, alvo principal do tratamento. “Entretanto, a Atividade Física realizada de modo planejado, sistematizado e progressivo promove maiores benefícios ao indivíduo Diabético Tipo 2. Os benefícios são agrupados principalmente em três aspectos: fisiológicos, atenuação do estado inflamatório e redução do perfil lipídico além de melhoria na captação de glicose pela célula; psicológicos, melhoria de aspectos cognitivos e redução da depressão; e social, maior ocupação ativa do tempo livre, melhorias de capacidades físicas e funcionais que resultam em maior autonomia e melhora nos níveis de qualidade de vida”, destaca o Profissional de Educação Física João Gabriel.

Sabe-se que há uma influência genética como fator de risco para a doença, além de hipertensão, colesterol alto, obesidade, sedentarismo, dentre outros fatores. No entanto, consultas médicas e exames periódicos, bons hábitos, como Atividade Física orientada e alimentação balanceada, auxiliam na prevenção e controle da doença.

No LabMov é realizado treinamento aeróbico em conjunto ao treinamento da força muscular ou musculação que apontam maior capacidade funcional e aproximação às metas para controle da doença, como valores recomendados de glicemia e pressão arterial. De acordo com João Gabriel, pessoas fisicamente apresentam menos chances de tornarem-se diabéticas. “A Atividade Física aumenta a captação da glicose por uma via que independe da ação da insulina, a qual comumente é negativamente afetada pelo Diabetes. Indivíduos ativos fisicamente normalmente apresentam menores chances de ter o metabolismo da glicose afetado no futuro quando comparados aos indivíduos não-ativos”.